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sexta-feira, 9 de novembro de 2018

Viajando para Congonhas do Campo




Basílica Bom Jesus dos Matosinhos




Em Congonhas nós ficamos apenas um dia e confesso que não foi o lugar mais legal que a gente foi. Dava perfeitamente para termos economizado hotel passando pela cidade.
 Para piorar, quando estivemos lá estavam gravando um filme sobre o José Arigó e no elenco estava uma global, então já viu né?
 Mas o pior mesmo foi o templo dos Matosinhos, principal atração da cidade estar fechada para reformas.
 O complexo dos Matosinhos é composto pela igreja, as estátuas dos profetas,  os passos da crucificação e as Romarias.




Entrada da Romaria





 As Romarias
 Eram hospedagens simples que desde 1770 abrigavam os romeiros que vinham para o Jubileu do Bom Senhor dos Matosinhos.
 Elas se alinhavam de forma arredondada para abrigar os cavalos no centro.
 Em 1930 foi construída no formato atual.
 Desativada no início da década de 60 pela administração do Santuário de Bom Jesus de Matosinhos, foi vendida a um grupo empresarial do Rio de Janeiro, que pretendia construir ali um hotel, obra jamais realizada. Da obra original, demolida em 1968, só restaram as duas torres ligadas por um arco que compõem o seu pórtico de entrada.
Em 1993, a Prefeitura Municipal de Congonhas recuperou o terreno com os remanescentes da velha Romaria. O pórtico começou a ser restaurado em 1994, e com uma área de 53 mil metros quadrados, o lugar foi reconstruído, mantendo as mesmas características arquitetônicas da antiga pousada, que foi inspirada na arquitetura das capelas dos Passos da Paixão, construídas no século XVIII, sendo inaugurada em 30 de julho de 1995.
 A partir de sua inauguração, a Romaria passou a abrigar uma grande estrutura destinada à preservação da história, da cultura, das artes, do lazer e do turismo em Congonhas, onde estão sediadas a Oficina de Arte, que também serve de Sala de Exposições. – Sede da FUMCULT, Auditório com 60 lugares – e uma sala dedicada à cidade portuguesa de Matosinhos. Ali também é sede de importantes acontecimentos culturais da cidade e abriga um dos mais respeitados corais de Minas Gerais, que toda as terças-feiras realiza ensaios abertos ao público. Numa das torres originais, logo na entrada, encontra-se um posto de informações turísticas.
 Penso que a Romaria deveria continuar abrigando os romeiros que continuam a vir para o local a cavalo para o Jubileu do Senhor Bom Jesus dos Matosinhos.
 Quando fomos não vimos nada funcionando no local.
 Era um domingo quando visitamos e estava muito cheio. Foi difícil estacionar.









 A basílica, como falei, estava em obras e a gente entrava por uma porta lateral, saía pela outra, mas estava tudo coberto por andaimes e plástico.









 Os profetas impressionam. Pena não poder chegar perto o bastante para tocar – há guardas perto de cada escultura – mas não dá para recriminar, pois, não bastasse a ação do tempo, ao chegar bem perto, observa-se que as estátuas em pedra sabão já foram riscadas por imbecis que resolveram escrever seus nomes nelas.







 Há uma mística em torno dos profetas de Aleijadinho. Alguns dizem que as figuras foram inspirados nos inconfidentes e até mesmo no próprio escultor. Realmente as esculturas são um verdadeiro enigma.









  Não dá para morrer sem chegar perto delas, sem poder  se fotografar lá!




Foto tirada por mim de um dos passos





 Do lado de fora estão os passos da via sacra. Embora estivessem fechadas, diferentemente das outras que vimos nas cidades de Tiradentes e São João Del Rei, essas tinham uma abertura que dava para a gente ver e fotografar.
Dentro de cada um desses passos - como são chamadas essas casinhas - há estátuas de autoria de Aleijadinho e são realmente impressionantes!








 Pena mesmo foi não poder ver todo o esplendor da Basílica...
 Em torno da Basílica tem umas lojinhas vendendo artesanato. Se quiser levar alguma lembrancinha, esse é o momento. 
 Eu gosto mesmo é de ímã de geladeira que colo em um quadro de ferro e guardo como lembrança. Não ocupa muito espaço, não faz poeira. Como os ímãs parecem estar desaparecendo, vou começar a colecionar chaveiros.
 Fomos até as lojinhas e quando voltamos fomos expulsos pela produção do filme que não nos deixou mais passar pelo meio onde estavam os passos, nos obrigando a dar uma volta absurda para descer.
  






Entrada do Museu




 Deixamos o carro onde estava e fomos conhecer o Museu de Congonhas. Paga-se para entrar.
 Dá para ficar uma manhã inteira ou até mais no museu, pois é realmente muito interessante.

  






Réplica do Complexo dos Matosinhos com interatividade


 Há muita interação entre o visitante e algumas peças.
 Na réplica do Complexo dos Matosinhos, o visitante escolhe um determinado ponto e a sua história é contado através de um vídeo.









Tem muitos vídeos e a vontade é sentar e assistir todas as histórias, mas, como disse, ficamos apenas um dia. 











 Essas ferramentas também interagem com o visitante, elas representam as ferramentas usadas pelo Aleijadinho.








 A tônica do museu é a arte de Aleijadinho e a arte sacra de uma maneira geral.
 Em alguma peça há uma "explicação" de como foram feitas - se de uma peça de madeira ou mais de uma, etc.... - algumas vem apenas a indicação do autor.






 Havia uma exposição apenas de oratórios. Não sei se era fixa ou itinerante, já que as peças pertenciam a uma coleção particular.





Miniatura dos Profetas de Aleijadinho





 Como não poderia faltar, há miniaturas dos profetas de aleijadinho.






   Um trabalho muito importante que está sendo realizado pelo museu, é fazer cópias das estátuas originais.
  Como podem ver, a estátua de Josias foi a primeira e, como podem ver, os dedos já estavam faltando.
 É um verdadeiro milagre estátuas de pedra sabão, ao  tempo, sobreviverem. 
Um vídeo mostra todo processo para chegar a esse resultado, o que achei mesmo demorado e bastante complicado. Porém, quem sabe se a tecnologia não poderá ajudar em todo esse processo e, em breve os Profetas não serão escaneados e impressos em 3D?
 O museu possui uma charmosa cafeteria e, pelo que nos informaram, aceita Sodexo.










Saindo do Museu de Congonhas, fomos até o Museu da Imageme Memória de Congonhas que estava expondo sobre Zé Arigó.





Só então eu me dei conta que o Zé Arigó era o Dr. Fritz.


Igreja de São José



 Saindo do Museu da Ladeira, como é chamado o Museu da Imagem(...), fomos até a Igreja de São José Operário.
 A igreja charmosa é de 1817. São dois os altares, com imagens de Cristo e de Maria Imaculada. Eles formam com a imagem de São José, do teto, a Sagrada Família de Nazaré. No vão central do altar-mor, a imagem de São José, a quem a igreja é dedicada, ocupa posição principal, acima do crucifixo do Senhor Jesus. Sobe a mesa deste altar, há uma imagem do Senhor Morto. Os nichos laterais são ocupados por anjos de madeira.






 Não é muito luxuosa, como estava explicando a pessoa que nos acompanhou na visita, pois quando começara a erguer a Basílica do Matosinhos os investimentos foram todos para lá.






 Quando chegamos estava tendo um almoço beneficente e aproveitamos para dar uma paradinha antes da próxima etapa.







 Quando saímos da Basílica e fomos atrás das “atrações” da cidade fomos apenas descendo, agora, depois do almoço, temos que voltar para pegar o carro e é só subida!



 Bem difícil, não aconselho ninguém a fazer isso.
 Saindo do Complexo dos Matosinhos, não há muito mais sobre história para ser ver na cidade. Congonhas é uma cidade grande com muito tráfego e, diferente das outras cidades em que visitamos, não há um grande centro histórico com casarios - pelo menos foi o que nos informaram e pudemos constatar.

Se não fosse o cansaço de subir e descer ladeira, talvez desse para seguir viagem. Conhecemos um casal de motoqueiros que fez isso.






Ainda visitamos a charmosa estação de trens da cidade.













A nave da Matriz de Nossa Senhora da Conceição é uma das maiores de Minas, e forma um só corpo, sem corredor, balaustrada em jacarandá.




 O grande número de imagens de santos, tanto na Igreja Matriz como em outras de Congonhas, enriquecem a composição dos altares, e comprovam a grande habilidade, fé e sensibilidade dos artistas que trabalharam no barroco mineiro. 
 Depois fomos para o hotel, tomamos um banho e jantamos em uma pizzaria.
 No dia seguinte marchamos para Ouro Preto.
  



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