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sexta-feira, 2 de novembro de 2018

Viajando para Tiradentes





 Na verdade fizemos uma viagem que começava em Tiradentes e terminava em Ouro Preto.
 Lógico que para fazer uma viagem como esta em que se começa em uma cidade e vai terminar em uma outra, passando por uma intermediária, requer muita pesquisa e, é claro que erro vão acontecer, mas não tenham medo de arriscar.
 Na verdade foi a primeira vez que fizemos assim e foi tão bom que vamos repetir em breve, mas da próxima vez para Santa Catarina.
 Mas vamos começar por Tiradentes, São João Del Rei.
 A pousada eu escolhi, para variar no Booking.
 Eu fiquei na Pousada Trilha da Serra e, apesar das pessoas dizerem que a pousada era barulhenta porque ficava perto da estrada, eu não achei.
 Por que escolhi essa pousada?








 A resposta é simples: ela fica entre Tiradentes e São João Del Rei.
 Para evitar reservar mais uma hospedagem e, sendo as duas cidades muito próximas, resolvi ficar entre as duas cidades.
 Como eu falei, alguns hóspedes reclamaram que ouviam os carros na estrada, não sei se foi o local onde fiquei, mas a verdade é que eu não ouvi nada.
 A cidade de Tiradentes é muito pequena, mas é recheada de história, porém você tem que saber onde procurar.
 Faça sempre um roteiro contendo as atrações que você quer muito, as que você vai se sobrar tempo e as que você vai se não tiver nada para fazer.
 O calçamento das ruas de Tiradentes é do século XVIII – são pedras irregulares - é muito difícil de caminhar, além de tudo tem as ladeiras, que já é bem complicado.









Eu aconselho um passeio de Jardineira de 1935 antes de começar a passear a pé pela cidade. Mas não se esqueça de ligar antes e reservar, pois na jardineira só cabem sete pessoas e você pode ficar sem.
 Nesse passeio a gente fica conhecendo a cidade e suas histórias. Conhece alguns recantos afastados do centro que vende doces e artesanatos.
 Depois do passeio, você já tem ideia de onde ficam as coisas e fica mais fácil andar a pé pela cidade.
 Se não quiser fazer o passeio de Jardineira, tem charreteiros que também levam turistas pela cidade.









 Não dá para falar em Tiradentes sem lembrar  da Inconfidência Mineira.  E a Inconfidência Mineira teve a sua primeira reunião na casa do Padre Toledo em Tiradentes, que hoje é um museu.









 Outra curiosidade é que na frente da casa do Padre Toledo está a única estátua de Tiradentes vestido de soldado e em tamanho natural – juro que eu pensei que ele fosse mais alto.
 As igrejas são os pontos altos das visitas dessa região, uma vez que foram construídas na época do Barroco e, por isso são ricas em detalhes e em ouro.
 Curiosidade: Eu sempre fiquei imaginando como o ouro ia parar nas peças das igrejas. Foi lá que eu descobri que as peças eram de madeira que levavam uma camada branca e depois era passado óleo de baleia e então o ouro em pó – isso não é exatamente uma verdade, eu não sou especialista em arte e se algum especialista quiser publicar nos comentários, esteja à vontade. Mas a verdade é que é ouro em pó e, por isso eles impedem que as pessoas fiquem passando a mão, pois acaba soltando.










 A Matriz de Santo Antonio é a segunda igreja com mais ouro do Brasil, mas não pode fotografar.
 Para se informar sobre a igreja leia o artigo do site Catolicismo Romano.
 Para entrar na igreja é cobrada uma taxa, como na maioria das igrejas da região.









 Em frente à igreja está o relógio de sol, datado de 1785, que também se tornou um símbolo da cidade.
 Na escadaria ficam uns artesãos que fazem miniaturas do relógio em pedra sabão.









 Uma atração bastante concorrida é o Chafariz de São José.
 A grandiosidade do Chafariz de São José de Botas impressiona os visitantes de Tiradentes. Datada de 1749, a construção se destaca por ter similaridade com uma fachada de igreja. A água abastecia os habitantes e os animais da cidade, além de ser utilizada para lavagem de roupas. Tudo isso era feito no mesmo local? Sim, pois a construção possuía três pontos de reserva de água. A primeira, que caía das três fontes, era reservada ao consumo humano. Havia também dois tanques laterais: um era utilizado para abastecimento de animais e o outro por escravos que se encontravam no local para lavar roupas.
 A curiosidade sobre o chafariz é que dizem que quem bebe a água do chafariz da direita arruma namorado, do meio casa e da esquerda fica viúvo. Eu bebi das três, pois não acredito nessas superstições e, como meu marido bebeu das três, não quis ficar por baixo.









Cadeia Pública
Na rua direita em frente a capela do Rosário se encontra a capela pública. A casa original, de 1730 foi devastada por um incêndio em 1829, sendo reconstruída em 1835. Possui 17 janelas de cantaria protegidas por pesadas grandes. Abriga hoje o museu Arte Sacra.









 O mais cruel é observar como as pessoas ficavam presas no local, pois as paredes são grossas e os detentos ficavam na parte de baixo do prédio e só entrava ar por uma pequena abertura.










 Capela Bom Jesus da Pobreza:
 O largo das forras, esta a capela de Bom Jesus Agonizante, também conhecida por Bom Jesus da Pobreza, chama atenção por sua simplicidade. Sua construção datada aproximadamente da segunda metade do século XVIII, traz uma espécie de sineira na parte lateral da fachada.

 Sua fachada atual é de 1810, com planta de Antônio Francisco Lisboa; o Aleijadinho.No adro, um original relógio de sol esculpido por Leandro Gonçalves Chaves. 







 Igreja Nossa Sra. das Mercês:

 O interior da igreja possui bela e dourada capela-mor, além de pinturas raras, com representações de santos e também de anjos que glorificam Nossa Senhora das Mercês. A arte dos forros, no interior da construção, é atribuída ao artista mulato Manoel Victor de Jesus, brasileiro que realizou trabalhos em vários monumentos religiosos na região de Tiradentes e São João del Rei, em fins do século XVIII e no início do século XIX. A fachada também chama a atenção pela presença de um único sino.










 Igreja de Nossa Senhora do Rosário:

 Uma visita atenta à Igreja Nossa Senhora do Rosário reserva muitas surpresas aos visitantes de Tiradentes.   Trata-se de uma das igrejas mais antigas da cidade, com data de construção de 1708. Nossa Senhora do Rosário era adorada pelos escravos e eram justamente eles que frequentavam o local. O único branco a entrar na igreja era o padre, durante a realização das missas.

A igreja possui ouro no seu interior, assim como a Matriz de Santo Antônio (destinada aos proprietários de terra e de escravos), mas isso era mantido em segredo pelos frequentadores. Como isso era possível? A porta frontal da construção ficava constantemente fechada e os negros entravam somente por uma porta lateral, de onde não era possível visualizar o ouro contido dentro da igreja.

 Outro ponto interessante é que o interior da igreja possui símbolos da religião católica e também das religiões africanas, principalmente do candomblé, fruto do contato com diversos credos vivenciados pelos escravos. 











Passos:

Nas cidades  históricas é comum encontrarmos Passos, ou Passinhos, que são capelinhas, construídas a partir do ano 1719. Cada um deles retrata um “passo” diferente da paixão de Cristo. Só abrem na Semana Santa, pelo menos foi o que nos disseram, mas este foi aberto por um Guia de Turismo local.
















 Estação de Trem:
 Aos sábados, sai um trem de Tiradentes para São João Del Rei. É pouco mais de trinta minutos, mas é bem gostoso.









Outro passeio muito bom de fazer é ir de Tiradentes para São João pela trilha dos Inconfidentes ou Antiga Estrada Real. A paisagem é bonita, com cachoeira e muito verde.






 O Largo das Forras é o ponto central da cidade, onde tudo acontece. 




 Ponte das Forras
A Ponte das Forras liga o Largos das Forras ao Largo das Mercês, no certo histórico de Tiradentes. A charmosa construção de pedra, datada do século XVIII, passa sobre o Ribeiro Santo Antônio, afluente do Rio das Mortes, importante curso d'água da região. É possível que o nome da ponte e do largo faça referência à grande quantidade de escravas alforriadas que transitavam pelo local.










 Outro passeio interessante é visitar a cidade de Bichinhos. Para quem gosta de comprar artesanato é o lugar ideal.
 Pegando a Estrada Real, só que em outro sentido o passeio fica mais interessante.









 Antes de chegar à cidade propriamente dita, está a Casa Torta. Eu não entrei porque estava com o horário contado para outro compromisso, mas as pessoas costumam avaliar positivamente na internet.






A Cachaça Mazuma Mineira, fica na mesma estrada da Casa Torta e oferece uma visita guiada aos visitantes com direito a uma provinha no final da visita.









 Sempre tem um evento diferente acontecendo na cidade, se quiser se manter informado sobre os eventos, consulte o site Tiradentes Virtual. Quando fomos estava tendo um festival de cerveja e tinha muita cerveja artesanal, essa é apenas uma delas.





 Esses são apenas alguns pontos turísticos, visitados por mim.





Passeio de Jardineira em Tiradentes

Reservas: (32) 9948.2370. A Jardineira acomoda somente 7 pessoas. Reservar com antecedência é muito recomendado.
Dica útil: leve um casaquinho de frio, pois faz realmente muito frio durante o passeio.

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