Ouro Preto é um museu a céu aberto! Passear por suas ruas
é respirar história, portanto, antes de ir procure os endereços de alguns
pontos que você não pode deixar de visitar.
Nossa viagem
começou visitando a Mina da Passagem que é uma autêntica mina, desativada, que
a gente desce em um autêntico carro de mina junto com um guia que nos conta um
pouco sobre a história do local.
A mina fica entre
Ouro Preto e Mariana.
Maravilhoso! Não existe outra palavra para definir esse
passeio.
Nesse carro de
mina nós descemos 315m de extensão dentro da mina, chegando a 120m de
profundidade.
Essa é a maior
mina de ouro aberta à visitação. Não há mais exploração de ouro ou pedras e a
mina está alagando.
Quem tiver coragem
pode fazer um mergulho acompanhado por um instrutor.
Dizem que é
espetacular, mas eu não tive coragem.
Voltamos no mesmo bondinho, só que agora subindo.
A visita dura, em
média, quarenta minutos, o que atrapalha mesmo são as filas para entrar. Fomos
fora de temporada e mesmo assim ficamos muito tempo na fila.
Aliás, a fila de
espera é muito ruim, pois ficamos ao tempo, seja chuva ou sol, sem lugar para
sentar ou se abrigar, mas nem tudo é perfeito.
Há outras minas
abertas para visitação, mas a única que fomos foi esta.
O passeio pela
cidade começa pela Praça Tiradentes onde tem um enorme monumento em homenagem
ao mártir da Inconfidência Mineira. No local onde está a estátua, a cabeça de
Tiradentes ficou exposta para a população da época.
Estando na praça,
procure o Centro Turístico e pegue um mapinha da cidade.
Também é nessa
praça que saem as jardineiras com excursões pela cidade.
Também nessas
ladeiras das laterais da praça você vai encontrar muitos restaurantes com a
típica comida mineira e com um preço muito bom. Cada dia comemos em um
diferente e recomendo todos.
Em frente à praça
está antiga cadeia pública, hoje Museu da Inconfidência. No museu há uma grande
coleção de objetos e documentos referentes à inconfidência mineira. Também
estão lá os túmulos dos inconfidentes e algumas obras de Aleijadinho.
Estar dentro do
museu é respirar a história da inconfidência mineira.
Não se pode fotografar
nada, nem sem flash, o que é uma pena.
No centro de Ouro
Preto, também está a Igreja Nossa Senhora do Carmo, cujo projeto é do pai de
Aleijadinho. Como todas as igrejas em Ouro Preto, há uma taxa para entrar e não
se pode fotografar.
Anexo à igreja
está o Museu do Oratório, o único do gênero do mundo!
Ainda no centro de Ouro Preto há
o Museu da Pharmácia e o Museu Casa dos Contos, mas observe bem o dia em que
vai, pois, há dias em que não funcionam, pois estão em manutenção.
Perdemos alguns
museus, o que foi uma pena, outro problema, a meu ver é que abrem sempre depois
da nove e o tempo passa muito rápido e não se consegue ver tudo.
A Casa dos Contos
apresenta a história da moeda e da Casa da Moeda do Brasil.
Construída entre 1782 e 1784, serviu inicialmente como
residência a João Rodrigues de Macedo, proprietário da casa, e Casa dos
Contratos, do arrematante da Arrecadação Tributária das Entradas e Dízimas.
Nessa mesma época, serviu como esconderijo para os membros da Inconfidência
Mineira.
A cela era debaixo da escada |
Durante a repressão à Inconfidência Mineira, a casa serviu para
acomodar as tropas do vice-rei, e de prisão para os inconfidentes com elevados
títulos sociais. Em 1792, Macedo, em grande dívida com a Real Fazenda,
transferiu a casa para esta, que a transformou em sede da administração e
contabilidade pública da Capitania de Minas Gerais e mudou seu nome para Casa
dos Contos. Entre 1820 a 1844, a casa foi ampliada, incorporando à Casa dos
Contos a Casa de Fundição do Ouro e a Casa da Moeda, para poder exercer a
função de Secretaria da Fazenda no mesmo local ocupado pelo Tesouro Nacional.
No ano de 1897, enquanto o monumento recebia várias modificações, a casa passou
a ser ocupada pelos Correios e pela Caixa Econômica. Em 1970, a Prefeitura
Municipal ocupou o prédio.
Por fim, no ano de 1973, o Ministério da Fazenda
assumiu novamente o imóvel e o transformou em um Centro de Estudos do Ciclo do
Ouro, com a finalidade de mostrar a história econômico-fiscal do Ciclo do Ouro.
Após o Ministério da Fazenda assumir o local e transformá-lo em museu, diversos
acervos históricos foram filmados, fotografados e escritos, com o objetivo de
disponibiliza-los para pesquisas e elaborações de trabalhos sobre o Ciclo do
Ouro, a história de Minas Gerais e do Brasil.
Entrada da Senzala, única parte que pode fotografar |
Pode-se fotografar quase tudo, pois a senzala era proibido.
Já que está na
Casa dos Contos, dê um passeio pela Rua São José, ou Rua dos Bancos, pois é uma
das mais preservadas de Ouro Preto e melhor, é plana!
Nessa rua ficava a
casa de Tiradentes. A casa original foi destruída, mas vale estar no local.
Uma coisa que
achei triste foi ver a Casa de Tomás Antonio Gonzaga, a casa de Marília deDirceu e a antiga Botica de Tiradentes sendo usadas para coisas diversas que
não apresentar a história. Mas mesmo assim vale registrar a presença nesses
locais.
A casa de Antonio Gonzaga funciona uma cooperativa de
artesanato.
A de Marília é a
sede de um clube e estava fechada, não tem visitação.
A Botica de
Tiradentes era a casa ou escritório de um advogado, não ficou muito claro.
Um bom conselho
que posso dar é que esteja em boa forma para visitar Ouro Preto, pois andar por
suas ladeiras não é fácil e no centro não é permitido carros. A gente deixa o
carro perto, mas perto em ladeira é outra coisa.
Andando pelas ruas há vária plaquinhas mostrando o que
aconteceu naquele local ou o que funcionou naquele local, portanto fique atento
ou pode perder uma parte da história.
Mirante do Morro
de São Sebastião é o local mais procurado para fotografia e vale o passeio,
pois conseguimos ver a cidade do alto. A visão da cidade é linda!
Um passeio de trem
até a cidade de Mariana é algo que não dá para perder. Vá até a estação e escolha o tipo de passeio que quer
fazer: ida e volta ou apenas ida. Também se pode escolher o tipo de vagão:
simples ou panorâmico. O tipo de viagem que você vai fazer determina o preço do
passeio. O passeio é curtinho, mas é muito gostoso!
Há muitos outros
museus, outras igrejas e passeios possíveis em Ouro Preto, por isso deixei vários
links para que cada um possa fazer o seu roteiro.
Não se esqueça que a cidade transpira história, portanto, não se esqueça de acompanhar as plaquinhas.
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