Centro de São João Del Rei |
Ainda hospedada em
Tiradentes, fiz alguns passeios em São João.
Lendas São Joanenses |
O passeio mais
esperado dessa viagem, são as “Lendas São Joanenses”, aliás ajustei a data da
viagem para estar em São João na data da apresentação. As Lendas São Joanenses são contadas por um
grupo de teatro que se apresenta nas ruas de São João, uma vez por mês, sempre
no período da noite. Enquanto caminhamos pelas ruas, histórias da cidade são
contadas.
Foi simplesmente maravilhoso, realmente muito
especial.
O grupo cobra uma
taxa de R$ 25,00 antes da apresentação. Mas vale muito a pena. Aconselho a
todos.
São João é a cidade onde os sinos falam. Pelo
badalar dos sinos a população recebe mensagens. O tipo de batida, a intensidade
e a quantidade de toques dados, podem informar uma procissão, um encontro de
irmandade ou até mesmo uma missa.
Quem mora perto de
uma igreja não precisa de relógio em casa. Pelas badaladas dá para saber a hora
e os minutos, pois toca de 15 em 15 minutos.
Alguns pontos
podem ser visitados em um primeiro passeio pelo centro de São João:
Casa de Bárbara Heliodora |
A casa fica em
frente à igreja de São Francisco e perto do Museu Tancredo Neves.
Então tire umas
horinhas e visite os três.
Igreja de São Francisco de Assis |
A igreja de São
Francisco de Assis, embora lindíssima,ficou inacabada, pois foi feito todo o
processo para receber o banho de ouro, porém o ciclo do ouro entrou em
decadência e o ouro não chegou.
Igreja de São Francisco de Assis |
Apenas o altar no centro da igreja foi decorado com ouro.
Na fachada da
igreja, há o trabalho do Mestre Aleijadinho.
Túmulo de Tancredo Neves |
Ao lado da igreja,
no cemitério, está o túmulo de Tancredo Neves.
Estátua de Tancredo Neves |
No Memorial Tancredo Neves há várias peças de uso pessoal do ilustre mineiro.
O museu da FEB
também não está longe e também vale uma visita. Não confunda o museu da FEB com
o monumento à FEB, pois os dois se encontram em locais diferentes.
Peça do Museu Regional |
O museu regional
também é uma ótima opção e está bem pertinho. Para mim é o melhor.
O museu regional
está em um bonito sobrado que abriga teve a construção terminada em 1859. A
sede do Museu pertenceu ao comendador João Antônio da Silva Mourão (1806-1866),
um dos maiores comerciantes da região da Comarca do Rio das Mortes. A casa foi
construída para servir de armazém, na parte térrea, e de residência da família,
no piso superior.
O acervo do museu é constituído de aproximadamente 500
objetos, estão móveis, liteiras, imagens, ex-votos e objetos industriais,
como balança, arado, tear e roca de fiar. Entre elas, é destaque o órgão,
recentemente restaurado, que pertenceu a Igreja de Nossa Senhora do Carmo, duas
figuras de presépio de Aleijadinho e ainda uma imagem de São Sebastião
atribuída a ele. O objetivo da exposição permanente é contar um pouco da intimidade
e do modo de viver dos mineiros no período colonial.
Deixe o carro
estacionado em algum ponto e faça o caminho a pé. Não esqueça de procurar o
responsável pelo estacionamento e pagar as primeiras duas horas. Faça isso para
não ser multado como eu. Depois, não importa o ponto da cidade em que você
esteja, basta procurar um agente da prefeitura ou uma loja participante e
renovar o estacionamento.
Solar dos Lustosas |
Em passeio pelas
ruas não se esqueça de conhecer o sobrado do Dr. Lustosa, onde era fabricada a
famosa cera dental. Dentro dele funciona uma lojinha com produtos de artesões locais.
Solar do Neves |
Ao lado do solar
dos Lustosas está o solar dos Neves. A casa onde viveu Tancredo Neves. Se tiver
sorte ainda poderá ver alguém da família na varanda.
Teatro Municipal |
Ainda no centro observe a arquitetura do
Teatro Municipal que destoa da arquitetura do restante da cidade por causa do
seu estilo grego e não barroco.
Se você está
passeando no centro de São João, não se esqueça de observar as belíssimas
pontes do século 18 que se encontram no meio da rua principal sobre o Córrego
do Lenheiro. Se estiver atravessando,
pare e leia as suas histórias.
Uma das locomotivas do museu |
Se você fez o
passeio de trem de Tiradentes para São João, certamente pode ver o museu
ferroviário, que também é muito interessante.
Rua Torta |
Próximo ao Largo do Rosário está a Rua de Santo Antonio ou a Rua das Casas Tortas. Além da rua ser totalmente torta,casas são inclinadas.
A rua é torta porque as casas foram construídas acompanhando o caminho feito pelos bandeirantes.
Quanto à inclinação das casas há muitas teorias, porém nada concreto.
O ponto alto do
passeio por São João é realmente a visita às diversas igrejas da cidade.
Igreja São Gonçalo Garcia |
E uma coisa que
certamente você vai notar é que cada igreja tem um cemitério ao lado. Isso
começou a ocorrer após a proibição de se enterrar pessoas dentro das igrejas
por questões de higiene. Quando mais rica e influente a pessoa era, mais
próximo ao altar era enterrada. Em algumas igrejas de São João pode-se ver
numerações. Esses números correspondem a pessoas que estão ali enterradas. Os
grandes incensórios eram usados para disfarçar o mau cheiro dos corpos.
Todas ou quase todas as igrejas cobram para entrar.
Algumas igrejas
visitadas:
Igreja Nossa Senhora do Carmo |
- Igreja do Nossa Senhora do Carmo
Erguida na fase áurea do rococó, a igreja traz
inovações do estilo: a portada ricamente decorada por elementos escultóricos e
as torres octogonais ligeiramente recuadas do plano da fachada.
O interior apresenta obra de talha de magnífica execução,
mas sem o douramento comum às igrejas coloniais mineiras. No consistório há um
conjunto de mesa com oito pés e cadeiras de alto espaldar em jacarandá, típico
do período setecentista, atribuído ao artista Manuel Rodrigues Coelho, que
realizou a capela-mor, os púlpitos e o medalhão do arco cruzeiro.
Nossa Senhora do Pilar |
- Igreja Nossa Senhora do Pilar
A Igreja de Nossa Senhora do Pilar foi construída em 1721
por iniciativa da Irmandade do Santíssimo Sacramento em substituição a uma
antiga capela, incendiada durante a Guerra dos Emboabas.
No início do século XIX, a irmandade decidiu ampliar a
igreja. Demoliu o frontispício original e reconstruiu-o em estilo neoclássico a
partir do risco feito por Manoel Victor de Jesus.
O interior da matriz é belíssimo com talha e pinturas
barrocas. Os altares laterais possuem lâmpadas de prata suspensas, uma delas
doada pelo poeta e inconfidente Inácio José de Alvarenga Peixoto, em 1778.
Em 1960 a igreja foi elevada a catedral, e em 1965
recebeu o título de basílica, passando a se chamar Igreja Catedral Basílica de
Nossa Senhora do Pilar.
- Igreja Nossa
Senhora do Rosário
No ano de 1708, quando São João Del Rei era um pequeno
arraial, foi fundada a Irmandade de Nossa Senhora do Rosário e São Benedito,
composta exclusivamente por negros. A primeira capela dessa irmandade foi benta
no ano de 1719, sendo uma das primeiras da cidade. Entretanto, o templo que se vê
atualmente é uma reconstrução iniciada em 1751 e terminada poucos anos depois,
no mesmo local da primitiva edificação. Fica localizada na principal rua da
cidade, a poucos metros da Catedral Basílica de Nossa Senhora do Pilar.
- Igreja Nossa Senhora das Mercês
Com seu elegante frontispício, fica situada num dos
pontos mais elevados da cidade, para onde se tem acesso através desta grande
escadaria guarnecida por balaustrada. Foi remodelada em 1808, em substituição à
primitiva capela de antes de 1751. Depois, em 1877, foi praticamente
reconstruída. O Sargento-Mor José Álvares de Oliveira, em "História do
Distrito do Rio das Mortes", de 1750 e 1751, já cita a Capela de Nossa
Senhora das Mercês entre as existentes na então Vila de São João Del Rei. Possui
apenas uma torre, que fica 10 metros afastada da linha da fachada e é ligada ao
corpo da igreja através de um estreito corredor.
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