Rio das Ostras
Um pouco de
história
Rio das Ostras
na Pré-história
A fundação da
cidade pode ser recente, mas, há quatro mil anos! Sim, isso é comprovado em
estudos de sítio arqueológico demarcados em 1967. O Instituto de Arqueologia Brasileira
comprovou esses estudos.
Há um museu na
cidade que expõe “in situ”, isto é, o material está exposto como encontrado.
São poucos museus do tipo no Brasil.
No local foram
encontradas vinte ossadas, mas apenas quatro estão expostas. Essas ossadas
provam que existiam habitantes na região há sete mil anos atrás!
O Museu de
Arqueologia Sambaqui da Tarioba de Rio das Ostras é muito importante para
entendermos melhor a pré-história do nosso continente.
“O sambaqui era
um lugar particular, resultado da concentração de material orgânico que
certamente tinha implicações no desenrolar do dia-a-dia. Estes “sítios”
constituem um lugar peculiar, construído principalmente com conchas de moluscos
e apresentando condições especiais no que se refere a textura, relevo e odores.
O Museu
Sambaqui da Tarioba apresenta instigante material com vestígios da mais remota
ocupação populacional que se tem notícia na região. Trata-se de acervo
importante para pesquisas sobre a relação do homem com o território fluminense.
O museu divide o espaço com a Casa de Cultura Bento da
Costa Júnior também sediada no local.”
As primeiras
construções:
A história de
Rio das Ostras perde-se nos meados de 1575, comprovada em relatos de antigos
navegadores que passavam por esta região.
Situada na Capitania de São Vicente e habitada pelos
índios Tamoios e Goitacases, Rio das Ostras tinha a denominação de Rio Leripe
(molusco ou ostra grande), ou Seripe. Parte das terras da Sesmaria cedida pelo
capitão-mor governador Martim Correia de Sá, no dia 20 de novembro de 1630 foi
delimitada com dois marcos de pedra, colocados em Itapebussus e na barreta do
rio Leripe, com a insígnia do Colégio dos Jesuítas.
Os índios e os
jesuítas deixaram suas marcas nas obras erguidas nestes trezentos anos, como o
da antiga igreja de Nossa Senhora da Conceição, o poço de pedras e o cemitério,
com a ajuda dos índios e dos escravos. Após a expulsão dos jesuítas no ano de
1759, a igreja foi terminada no final do século XVIII, provavelmente pelos
Beneditinos e Carmelitas.
A antiga igreja
desmoronou totalmente na década de 50 e sem restar ruínas, foi construída no
ano de 1950 uma nova igreja, próximo ao local onde se situava a primeira.
Um grande marco
na cidade é a passagem do Imperador D. Pedro II. Que veio a descansar na sombra
da figueira centenária.
O crescimento
da cidade deu-se ao redor da igreja, e Rio das Ostras como rota de tropeiros e
comerciantes rumo à Campos e Macaé, teve um progressivo desenvolvimento com a
atividade da pesca, que foi o sustentáculo econômico da cidade até os meados
deste século.
A construção da
Rodovia Amaral Peixoto, a expansão turística da Região dos Lagos pela
instalação da Petrobras em Macaé, foram de extrema importância para o
crescimento e desenvolvimento de Rio das Ostras, que viu sua população crescer
até chegar ao momento de sua emancipação político-administrativa, do município
de Casimiro de Abreu, em 10 de abril de 1992 pela lei estadual nº 1984/92.
Com 230 km² de
área total, a cidade tem em sua geografia, um mapa de maravilhosos caminhos
para o embevecimento e estímulo aos que reverenciam a mãe Natureza.
Turismo
As quinze
praias da cidade têm um cenário paradisíaco e águas mornas, atendendo a padrões
naturais de balneários europeus. A temperatura de 26º o ano inteiro faz com que
a cidade seja destaque na Região dos Lagos e na Costa do Sol.
Mas a cidade
também é muito cultural, pois a história está presente em cada pedacinho do
chão da cidade...
Poço de Pedras
do Largo de Nossa Senhora da Conceição
Construído
pelos escravos em meados do século XVIII, o Poço de Pedras do Largo de Nossa
Senhora da Conceição serviu como marco para a construção da cidade de Rio das
Ostras.
Registros
históricos indicam que o poço era utilizado pelos antigos navegadores que
cruzavam a Baía Formosa e aportavam no cais do morro do Limão (atual Iate
Clube) para que a tripulação pudesse ter água potável.
Na década de
90, após as obras de calçamento da orla da Praia do Centro, o Poço de Pedras
foi demolido. No ano de 2000, após o trabalho de busca de registro fotográfico
antigo da cidade realizado pela Fundação Rio das Ostras de Cultura, foi
totalmente reconstruído pela Prefeitura e passou a ser ponto constante de
visitação de turistas.
Centro
Ferroviário de Cultura Guilherme Nogueira
O Centro
Ferroviário de Cultura funciona na antiga Estação Ferroviária de Rocha Leão.
Sua construção, utilizando mão de obra escrava, iniciou em 1877 e foi concluída
em 1887. As paredes, em blocos de pedra bruta fixadas com estrume, mantêm até
hoje o ar bucólico da época. A cobertura do prédio, com telhas francesas vindas
de Marseille (França) foram preservadas.
Em 2006, uma revitalização foi realizada e todo o prédio
ganhou novo visual com pintura externa em cores mais vivas. O Museu Ferroviário
foi valorizado com nova iluminação e melhor disposição das peças pertencentes à
antiga Leopoldina Railway.
A Figueira Centenária
Localizada à
beira mar, a árvore serviu de abrigo aos imperadores quando faziam uma pausa de
sua viagem pela região.
A figueira está
localizada no calçadão da praia da orla da Praia do Centro e foi revitalizada
no ano 2000, quando foram colocados bancos para que as pessoas possam sentar e
descansar em sua sombra.
Casa Bento
Costa Junior
Construída no
final do século XIX para abrigar material de pesca e mais tarde como depósito
de sal, somente em meados de 1940 foi transformada em residência da família do
médico Bento Costa Júnior. O imóvel, considerado uma das mais antigas
construções de Rio das Ostras, guarda em seu interior histórias significativas
de uma pequena vila de pescadores.
A avaliação
oficial feita pelo Instituto Estadual do Patrimônio Cultural (INEPAC),
considerou o espaço patrimônio histórico e cultural da cidade. O trabalho de
restauração veio em seguida observando e mantendo seu estilo arquitetônico.
Em seu salão de
exposições, totalmente reformado, com iluminação adequada, são realizadas
exposições de artistas plásticos dos mais variados estilos.
As belas praias
de Rio das Ostras
Praia Mar Norte
Praia
frequentada pelos moradores locais, e por quem pratica pesca submarina. Ideal
para um passeio em família, ppois possui alguns quiosques com cadeiras e guarda
sol.
Praia de
Itapebussus
Praia para quem
gosta de fazer trilhas. O acesso à praia é feito através de uma trilha de trinta
minutos. Ao lado da praia fica a lagoa de Itapebussus.
Então, você
anda trinta minutos e leva dois por um.
Praia Costa
Azul
É a praia mais
frenquentada de Rio das Ostras e, por isso, possui uma boa infraestrutura com
quiosques e bares. Também é muito frequentada por surfistas.
Praia das
Areias Negras
É uma praia
praticamente deserta, que com maré baixa forma piscinas naturais.
Devido a grande
concentração de monazita, as suas areias são amarelo escuro e são indicadas
para tratamentos medicinais.
Praia Virgem
Também
praticamente deserta, essa praia possui uma faixa de areia extensa e o mar
bastante agitada. Mas o visual intocado é o principal atrativo do lugar.
Praia do
Cemitério
É uma praia
muito movimentada e, como todas as outras, muito bonita.
Por ser de
águas rasas e calmas, está sempre movimentada.
Essas são apenas
algumas das praias que você vai encontrar em Rio das Ostras.
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