A maior cilada: Capitólio

   Sem dúvidas Capitólio é um lugar para se tirar boas fotos, principalmente porque o lugar fica mais bonito nas fotografias do que pessoalmente. É bonito; sim, bonito, mas se tivessem me dito que era só isso eu não tinha encarado uma viagem de mais de nove horas do Rio de Janeiro até lá.

  Sem contar que, embora tenhamos ido fora de estação de férias, estava tudo perturbadoramente cheio. 

   A primeira coisa que me incomodou ao chegar na cidade foi a questão dos meus pets. Traga seu cachorro, mas não permitiremos que fiquem em lugar nenhum. 

  A muito custo, permitiram no passeio de barco, mas no de Jeep, me cobraram e depois eles não puderam ir e ainda não me reembolsaram o depósito. Mesmo que eu tenha avisado antes.

  Além de gente que te trata mal, a cidade também tem muitas moscas. A gente come se abanando, fica sentado se abanando ou fica se mexendo sem parar. Para espantar as moscas, restaurantes queimam pó de café, o que é extremamente desagradável, pois não sentimos o cheiro da comida.

  A quantidade de moscas é tão grande que a minha cachorrinha ficou traumatizada até hoje. Quando algum inseto pousa nela é só falar “MOQUITO” que sai tentando morder feito louca.

  Nem os animais eram poupamos…

  Teve um local em que paramos para observar um canal, que fazia parte do passeio, mas que não pudemos entrar porque estava vazio, que não dava nem para prestar a atenção no guia, pois as moscas não deixavam.

  Outra coisa muito interessante é o passeio de barco, pois prometem um monte de coisa e no final vão apenas onde a gente possa gastar, provavelmente porque ganham comissão. 

  Ainda sobre o passeio de barco, as pessoas levam muita bebida e não tem nada mais chato do que gente bêbada. Teve um casal em nosso barco que conseguiu esvaziar uma garrafa de uísque. Imagina uma mulher bebinha pulando do alto das pedras?

  Outra coisa é o preço das coisas. É certo que cidade turística é mais caro, mas lá é proibitivo! Não tem meio termo. 

  Então, coma mal e pague bem caro ou não coma. Ainda coma com cheiro de pó de café queimando.

  Acho que a refeição é cara porque tem que incluir o preço do café que tem que ser queimado.

  Havia uma churrascaria na estrada que tinha um local do lado de fora, onde podíamos ter ficado com os cachorros sem incomodar ninguém, mas, como a cidade estava cheia, o dono se negou a nos deixar ficar, alegando a vigilância sanitária. Fiquei com pena dele quando proibiram a visitas aos Cânions. SQN.

  Eu queria poder publicar uns vídeos que gravei do povo bêbado e pulando do alto dos cânions e também do som alto com o povo dançando nos bares flutuantes, mas fiquei com medo do povo se reconhecer e ficar ruim pra mim, pois a coisa é tipo beeeem baixo nível.

  Outra coisa que achei um absurdo foram os locais para banho. Primeiro tinha barcos em excesso, então, era sempre complicado de atracar. Depois, tudo me pareceu muito improvisado e inseguro. Não nadei em nenhum local, pois não senti segurança e não me arrependi.

  Meu marido chegou a dizer que se fosse inseguro, já tinha virado notícia. Isso foi dois meses antes do desastre.

  Não sei se o local já reabriu para visitação, mas é um lugar que não sinto saudades e que não tenho a menor vontade de voltar.

  A cidade gosta mesmo de receber cachaceiros e baderneiros. 

  Se você não é nem uma coisa, nem outra, não perca seu tempo em indo para lá.

  Tem locais lindos no Brasil, porém mais barato e mais receptivo.

  Até Búzios e Arraial possuem um meio termo na alimentação e são muito mais simpáticos com o turista.

  Capitólio nunca mais!