Antes dessa
pandemia que transformou o país em pandemônio, nós saímos para a nossa primeira
viagem do ano. Voltamos para Foz do Iguaçu para fazer a parte da Argentina e
depois a gente ia para Curitiba.
Eu não estava
muito animada com a viagem, mas achei que era só besteira.
Assim que
chegamos percebemos que o hotel era longe de tudo – apesar de ter consultado no
Google Maps, calculamos mal a distância – mas tudo bem, pois perto do hotel
tinha um grande supermercado com restaurante anexo. O Big Supermercado. Beleza,
fomos jantar.
Ficamos no
Bellas Águas Iguassu. O hotel é bem simples, estava em reforma e o café da
manhã era bem razoável, mas algumas vezes faltou reposição.
Aliás, o
quesito café da manhã tem piorado muito em geral. Desde Blumenau não vejo um
café da manhã bom.
No dia seguinte
já estávamos acertados com a agência Combo Iguassu para o passeio às Cataratas
argentinas.
A agência não
cumpre muito o horário, pois para mim 7 horas são 7 horas. Sete e um já começo
a contar o atraso. E, como estava tudo muito cheio, ainda, pouco adiantava
mandar mensagem ou telefonar. Ninguém atendia.
A empresa
também nos disse que não passaria em casa de câmbio e que devíamos estar com o
dinheiro em pesos, entretanto, a van parou na casa de câmbio porque as pessoas
não trocaram o dinheiro – mais atraso.
Embora o gesto
tenha sido simpático, ficamos muito tempo esperando parados na casa de câmbio.
Enquanto estava
parada, esperando povo trocar dinheiro, descobri que a janta não me fez lá
muito bem, embora estivesse muito gostosa a comida.
Começou a minha
saga por todos os banheiros públicos que encontrava.
O passeio pelas
cataratas argentinas, em minha opinião, não é tão bonito quanto no lado
brasileiro.
Subimos de
trenzinho direto para a Garganta do Diabo. E até isso achei mais deslumbrante do
nosso lado – também, com cólicas intestinais, as coisas ficam menos bonitas.
Depois descemos
e visitamos a parte baixa das cataratas.
Eu não consegui
participar da parte baixa das cataratas, pois mais uma vez estava passando mal.
Uma pena, pois era a parte mais bonita das cataratas.
Apesar de todos
os contratempos com a empresa de turismo, no geral, cumpriram o que prometeram
e não comprometeram o passeio.
No dia seguinte
tínhamos um passeio agendado com a Loumar Turismo, essa sim cumpriu o horário
e, ainda chegou antecipadamente. Nota 100 no quesito pontualidade.
Dessa vez o
passeio foi para as Missões de San Ignacio. É um passeio pelo que restou de um
dos Sete Povos das Missões.
O povoado fica 400
km dentro da Argentina e escolhemos fazer com guiamento para poder aproveitar
melhor.
Antes de chegar
às missões paramos na Mina de Wanda.
A guia que nos
conduzia no ônibus falava em espanhol, mas, como tinha três brasileiros no
ônibus, falava devagar para que pudéssemos entender.
Em Wanda havia
um guia que falava português.
Em San Ignacio
não há muito que fazer.
Almoçamos um
pequeno restaurante com comida caseira argentina – que não é como comida
casseira brasileira. Não vá esperando comer arroz e feijão que isso não existe.
Tem muito pão, um pastelzinho, o prato que escolher – macarrão é só macarrão e
salada com peito de frango é só isso - e
mais nada.
Há um pequeno
comércio no local, com alguns artesanatos e só.
Leve Pesos
argentinos, pois o pequeno povoado não aceita Real.
A entrada para
as ruínas também é cobrada e tem um guia que deveria conduzir com maestria
pelas ruínas. Eu disse deveria, pois o guia, embora soubesse que havia
brasileiros entre o grupo, não fez questão alguma de se fazer entender!
Tem que estar
com o espanhol afiado a nível bem alto, tipo, você precisa dar aulas de
espanhol para entender e, mesmo assim vai sentir dificuldade, pois o nosso
guiamento foi feito por uma pessoa que parecia que teve um derrame ou algo
parecido.
Agora imagina:
é difícil entender uma pessoa que teve derrame na sua própria língua, agora
pensa como fazer isso em outra?
Pedi por várias
vezes que falasse mais devagar, mas não adiantou. Desisti e fui fazer fotos no
local e só.
Me queixei com
a guia do ônibus, a empresa que nos levou e até pelo Facebook da ruínas, mas
certamente não irá adiantar.
No meu roteiro,
o dia seguinte seria o dia de ir para o Paraguai fazer compras, mas como
estávamos cansados, decidimos fazer algo mais calmo.
Começamos o dia
pelo CEAEC -
Centro de Altos Estudos da Conscienciologia. O lugar é grande e agradável. É interessante
visitar.
Decidimos fazer a Feirinha de Puero Iguasu.
Lá mesmo, onde estávamos, liguei para a Loumar, eles me mandaram um link para
pagamento e acertamos tudo para às 17 horas.
O resto do dia foi só ir ao centro para
almoçar na Marias&Maria e nos prepararmos para o passeio.
Mais uma vez a empresa foi bem pontual e o
motorista que nos levou era muito simpático.
A feirinha é um lugar para fazer compras,
mas, principalmente um lugar para sentar e comer.
O dia seguinte foi dedicado a ir ao
Paraguai.
Muito fácil pegar um ônibus e atravessar a
Ponte da Amizade. Aliás, dá para passar tranquilamente.
Diferente do lado argentino, que todos têm
que descer do ônibus, o lado paraguaio nem se importa se a gente está indo ou
voltando. Nem a tal cobrança do certificado de vacinação contra a febre amarela
estava sendo cobrado.
Descemos bem depois do final da ponte e
fomos fazendo tudo a pé.
O dólar não está favorecendo ao brasileiro
faz tempo, mas mesmo assim, só a falta da cobrança do imposto já deixa a
mercadoria 50% mais barata. Sem contar os piratinhas mesmo.
Mas dessa vez encontramos muitas lojas
fechadas e notamos que o paraguaio não é mais o principal dono da maioria dos
negócios locais. Havia muitos turcos e árabes nas lojas.
Depois desse dia cansativo, tomei um banho e
fui jantar em outro local, já que a comida no Big estava me fazendo mal.
Resolvemos ir a pé até o SupermercadoMuffato para comer no restaurante que tinha lá.
Voltamos
de Uber.
Nesse dia eu estava tão cansada que não levantei o pé o suficiente para passar o pequeno degrau antes da escada e
quebrei o braço. Desse ponto em diante tudo desmoronou.
O ruim de comprar tudo na viagem antecipado
é que se acontece um acidente como este, ou você segue viagem ou perde tudo que
pagou.
Eu fui atendida pelo SUS em Foz do Iguaçu
mais rápido do que meu marido conseguiu falar com o plano de saúde. Mas não dá
para contar com a sorte. Quem não tem plano é bom fazer um seguro viagem.
No dia seguinte, devidamente medicada, continuei
com o passeio. Fui na Mesquita e no Templo Budista.
Lógico que, devido as dores, fiquei bem
mais devagar.
No último dia em Foz, fomos pela manhã no Zoológico
e no Marco das Três Fronteiras pelo lado do Brasil.
Sábado fomos para Curitiba, apesar de tudo.
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