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sexta-feira, 10 de julho de 2020

A viagem mais azada da história - Viajando para Foz do Iguaçu






    Antes dessa pandemia que transformou o país em pandemônio, nós saímos para a nossa primeira viagem do ano. Voltamos para Foz do Iguaçu para fazer a parte da Argentina e depois a gente ia para Curitiba.
    Eu não estava muito animada com a viagem, mas achei que era só besteira.
    Assim que chegamos percebemos que o hotel era longe de tudo – apesar de ter consultado no Google Maps, calculamos mal a distância – mas tudo bem, pois perto do hotel tinha um grande supermercado com restaurante anexo. O Big Supermercado. Beleza, fomos jantar.
    Ficamos no Bellas Águas Iguassu. O hotel é bem simples, estava em reforma e o café da manhã era bem razoável, mas algumas vezes faltou reposição.
    Aliás, o quesito café da manhã tem piorado muito em geral. Desde Blumenau não vejo um café da manhã bom.
   No dia seguinte já estávamos acertados com a agência Combo Iguassu para o passeio às Cataratas argentinas.
    A agência não cumpre muito o horário, pois para mim 7 horas são 7 horas. Sete e um já começo a contar o atraso. E, como estava tudo muito cheio, ainda, pouco adiantava mandar mensagem ou telefonar. Ninguém atendia.
    A empresa também nos disse que não passaria em casa de câmbio e que devíamos estar com o dinheiro em pesos, entretanto, a van parou na casa de câmbio porque as pessoas não trocaram o dinheiro – mais atraso.
    Embora o gesto tenha sido simpático, ficamos muito tempo esperando parados na casa de câmbio.
    Enquanto estava parada, esperando povo trocar dinheiro, descobri que a janta não me fez lá muito bem, embora estivesse muito gostosa a comida.
   Começou a minha saga por todos os banheiros públicos que encontrava.
    O passeio pelas cataratas argentinas, em minha opinião, não é tão bonito quanto no lado brasileiro.
    Subimos de trenzinho direto para a Garganta do Diabo. E até isso achei mais deslumbrante do nosso lado – também, com cólicas intestinais, as coisas ficam menos bonitas.
    Depois descemos e visitamos a parte baixa das cataratas.
   Eu não consegui participar da parte baixa das cataratas, pois mais uma vez estava passando mal. Uma pena, pois era a parte mais bonita das cataratas.
    Apesar de todos os contratempos com a empresa de turismo, no geral, cumpriram o que prometeram e não comprometeram o passeio.









    No dia seguinte tínhamos um passeio agendado com a Loumar Turismo, essa sim cumpriu o horário e, ainda chegou antecipadamente. Nota 100 no quesito pontualidade.
    Dessa vez o passeio foi para as Missões de San Ignacio. É um passeio pelo que restou de um dos Sete Povos das Missões.
    O povoado fica 400 km dentro da Argentina e escolhemos fazer com guiamento para poder aproveitar melhor.









    Antes de chegar às missões paramos na Mina de Wanda.
    A guia que nos conduzia no ônibus falava em espanhol, mas, como tinha três brasileiros no ônibus, falava devagar para que pudéssemos entender.
    Em Wanda havia um guia que falava português.
   Em San Ignacio não há muito que fazer.
    Almoçamos um pequeno restaurante com comida caseira argentina – que não é como comida casseira brasileira. Não vá esperando comer arroz e feijão que isso não existe. Tem muito pão, um pastelzinho, o prato que escolher – macarrão é só macarrão e salada com peito de frango é só isso -  e mais nada.








    Há um pequeno comércio no local, com alguns artesanatos e só.
    Leve Pesos argentinos, pois o pequeno povoado não aceita Real.
    A entrada para as ruínas também é cobrada e tem um guia que deveria conduzir com maestria pelas ruínas. Eu disse deveria, pois o guia, embora soubesse que havia brasileiros entre o grupo, não fez questão alguma de se fazer entender!
    Tem que estar com o espanhol afiado a nível bem alto, tipo, você precisa dar aulas de espanhol para entender e, mesmo assim vai sentir dificuldade, pois o nosso guiamento foi feito por uma pessoa que parecia que teve um derrame ou algo parecido.








    Agora imagina: é difícil entender uma pessoa que teve derrame na sua própria língua, agora pensa como fazer isso em outra?
    Pedi por várias vezes que falasse mais devagar, mas não adiantou. Desisti e fui fazer fotos no local e só.
    Me queixei com a guia do ônibus, a empresa que nos levou e até pelo Facebook da ruínas, mas certamente não irá adiantar.
   No meu roteiro, o dia seguinte seria o dia de ir para o Paraguai fazer compras, mas como estávamos cansados, decidimos fazer algo mais calmo.
    Começamos o dia pelo CEAEC - Centro de Altos Estudos da Conscienciologia. O lugar é grande e agradável. É interessante visitar.
    Decidimos fazer a Feirinha de Puero Iguasu. Lá mesmo, onde estávamos, liguei para a Loumar, eles me mandaram um link para pagamento e acertamos tudo para às 17 horas.
    O resto do dia foi só ir ao centro para almoçar na Marias&Maria e nos prepararmos para o passeio.
     Mais uma vez a empresa foi bem pontual e o motorista que nos levou era muito simpático.
    A feirinha é um lugar para fazer compras, mas, principalmente um lugar para sentar e comer.
    O dia seguinte foi dedicado a ir ao Paraguai.
    Muito fácil pegar um ônibus e atravessar a Ponte da Amizade. Aliás, dá para passar tranquilamente.
    Diferente do lado argentino, que todos têm que descer do ônibus, o lado paraguaio nem se importa se a gente está indo ou voltando. Nem a tal cobrança do certificado de vacinação contra a febre amarela estava sendo cobrado.
    Descemos bem depois do final da ponte e fomos fazendo tudo a pé.
    O dólar não está favorecendo ao brasileiro faz tempo, mas mesmo assim, só a falta da cobrança do imposto já deixa a mercadoria 50% mais barata. Sem contar os piratinhas mesmo.
    Mas dessa vez encontramos muitas lojas fechadas e notamos que o paraguaio não é mais o principal dono da maioria dos negócios locais. Havia muitos turcos e árabes nas lojas.
   Depois desse dia cansativo, tomei um banho e fui jantar em outro local, já que a comida no Big estava me fazendo mal.
    Resolvemos ir a pé até o SupermercadoMuffato para comer no restaurante que tinha lá.
Voltamos de Uber.
   Nesse dia eu estava tão cansada que não levantei o pé o suficiente para passar o pequeno degrau antes da escada e quebrei o braço. Desse ponto em diante tudo desmoronou.
    O ruim de comprar tudo na viagem antecipado é que se acontece um acidente como este, ou você segue viagem ou perde tudo que pagou.
    Eu fui atendida pelo SUS em Foz do Iguaçu mais rápido do que meu marido conseguiu falar com o plano de saúde. Mas não dá para contar com a sorte. Quem não tem plano é bom fazer um seguro viagem.
    








    No dia seguinte, devidamente medicada, continuei com o passeio. Fui na Mesquita e no Templo Budista.
    Lógico que, devido as dores, fiquei bem mais devagar.









   No último dia em Foz, fomos pela manhã no Zoológico e no Marco das Três Fronteiras pelo lado do Brasil.
   Sábado fomos para Curitiba, apesar de tudo.
   

   

  

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