Quando se vai para fazer um tour por
cidades de colonização igual, acaba-se encontrando atrações muito parecidas. E,
quando chegamos a Timbó já estávamos meio cansados porque já era o finalzinho
da viagem, mas a cidade foi uma surpresa sem igual para nós.
A simpatia do atendimento das pessoas da
cidade foi o principal tempero para deixar a nossa visita tão especial.
Assim que chegamos à cidade vimos a
apresentação de grupos de dança típica.
Sentamos na praça e ficamos apreciando a
apresentação de diversos grupos. Acho que não era uma competição, não ficou
muito claro, mas depois os grupos foram para o Parque Henry Paul para almoço.
O parque era destinado a essas
apresentações mesmo, muito bonito e bem cuidado, com um bom espaço para
estacionamento, porém, quando não está acontecendo nenhum evento, acredito que
não valha muito a pena visitar, pois não há muito que se ver.
Fomos ao Jardim Botânico e fiquei impressionada
com a limpeza do local, embora as pessoas estivessem fazendo churrasco. O
detalhe é que não havia nenhuma equipe de limpeza no local. As pessoas que
estavam lá recolhiam o seu lixo na lixeira!!!!
Uma loucura isso! No Rio de Janeiro a gente
não consegue nem manter o próprio condomínio limpo. A gente tem que pagar para
alguém limpar as áreas comuns.
O lugar é realmente muito bom para reunir
amigos e familiares para fazer um piquenique, jogar bola ou mesmo sentar e
deixar o tempo passar. Nós estávamos com o tempo meio corrido para o que a
gente queria fazer.
Em todas as cidades em que fomos visitamos
o museu do imigrante e em todos, ou quase todos, muito pouco ficamos conhecendo
realmente, pois a visita guiada não é muito comum. Em alguns, apenas na entrada
alguns funcionário fizeram algumas considerações sobre o que veríamos dentro do
museu.
Como a colonização do local dividia-se
entre italiana e germânica, ouvimos a mesma história sobre a história sobre a
construção enxaimel. Pouco se fala sobre a colonização italiana no local, pois,
como em Canela e Gramado, os imigrantes alemães eram em maior quantidade.
Em Timbó encontramos um museu do imigrante
pequeno no tamanho, mas grande em razão do conhecimento transmitido pela
funcionária Jocelia que fez questão de se transformar em uma estudiosa da
história da cidade, das famílias fundadoras e faz questão de promover uma
visita guiada para passar o esse conhecimento para os visitantes.
Lá ficamos conhecendo o que era a “Caixa de
Segredos”.
Nessa caixa era guardada uma peça da
vestimenta da noiva, normalmente a guirlanda e a flor da lapela do noivo.
Escondidas em um fundo falso eram colocadas cartas dos noivos. Cada um escrevia
uma carta para o outro e esta só deveria ser lida no caso da morte de um dos
dois.
O (a)
viúvo (a) pode abrir ou não a caixa para ler as cartas. A família não interfere
nessa decisão.
A Jocelia fez uma pesquisa para saber como
eram os casamentos na época, para entender porque a maioria das caixas não era
aberta e descobriu que a maioria dos casamentos eram arranjados entre pessoas
de muito pouca idade. Depois de anos de casamentos, a pessoa que escreveu
aquela carta, logicamente não era a mesma, o pensamento em relação ao casamento
e ao cônjuge não era a mesma e, talvez as palavras escritas há anos pudessem
não ser tão amigáveis e bonitas. Então, reunir a família em torno de um objeto
na esperança de ouvir a leitura de lindas palavras e acaba ouvindo coisas meio
desagradáveis, talvez?
Bom, se fosse comigo eu ir preferir deixar
quieto, até porque não sei se não escreveria poucas e boas por estar casando
obrigada.
Ainda em Timbó estivemos na Represa do Rio
S. Benedito - Ponte Pensil Araponguinhas. O local é início ou fim de um passeio
de bicicleta que faz o caminho dos imigrantes ou algo que o valha, mas o local
é bonito, rende fotos incríveis e ainda tem um restaurante muito bom ao lado. E, como em Blumenau, tem uma história sobre enchente.
Fomos ao Museu da Música e, nesse sim
faltou uma visita guiada para a apresentação das alas e de algumas personagens
que apareciam em fotos e, que certamente, fazem parte da história da cidade. Mas,
como era final de expediente, vou dar um desconto.
Mesmo assim eu vou pedir para as pessoas
que forem para lá que perguntem, peçam para a funcionária que fica sentada na
porta responda algumas perguntas.
Por último fomos ao Museu Casa do Poeta
Lindolf Bell e a funcionária foi muito solícita e fez uma visita guiada
conosco, contando um pouco da vida do poeta nascido na cidade.
Um passeio pelo centro também é bem
agradável e rende algumas fotos bem bonitas.
Se
você for para Blumenau, tire um dia para passear por Timbó, pois o povo é
simpático e acolhedor e você vai ouvir lindas histórias de amor, de sonho e de
luta, sobre os ancestrais dessa cidade.
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